domingo, fevereiro 17, 2008

Last night she said...

São cinco para as seis da manhã e acabo de chegar da Nave. De ônibus. Cara, estou me virando cada vez melhor sozinha. O que é ótimo. E o que é péssimo, porque as pessoas vão deixando de se preocupar como é que volto para casa. Gosto quando tomam conta de mim, não porque preciso, mas quando assim desejam. Parece que cada vez mais eu preciso de menos atenção. Sempre não exatamente acompanhada, no frigir dos ovos sozinha. Atenção: procura-se um sugar daddy.

E por falar em açúcar, o café da manhã antes de dormir foi uma banana, um copo de iogurte (light) de ameixa e um dulcíssimo alfajor, com recheio de doce de leite. Para arrematar, mais um copo d'água. Em 3 horas Stefan me acordará para irmos ao Parque.

Cheguei na Nave depois de aparições-relâmpago pelo show de Alceu Valença (Pelourinho) e de Vânia Abreu (Porto da Barra - infelizmente, não tão relâmpago assim). Não vi conhecidos nestes dois lugares, acompanhada de outros dois aventureiros do verão soteropolitano. Acabei no Pós, onde sempre dá para se sentir em casa. E eu era a pessoa mais velha na mesa.

Na semi-escuridão da festa, objetivos e miragens. Beijos de canto de boca completamente acidentais e indevidos. Se eu quisesse fazê-los, jamais conseguiria. Já de manhã, uma despedida, uma trave. Teria vindo a calhar. E na garganta, prudentemente guardados, alguns pedidos.

Preciso repensar a minha logística de distribuição de beijos. Sem saber o nome, vá lá, mas minha generosidade não anda nem mesmo olhando a cara. Brincadeira, por brincadeira... Quando Vera Fisher incorpora, haja Listerine! (Eu tenho certeza de que, quando passar dessa para a melhor, La Fisher vai virar entidade de umbanda das casas do Rio de Janeiro. ) Às vezes você se bate com gente carente, é um saco. Preferi me enfiar num triângulo imaginário, em que tecia as histórias paranóicas e tricotava os desejos sozinha. Mini-jogos de gato e rato.

Pés doendo de tanto dançar. Saí de botas e camisola. Todos gostaram do vestido, ninguém suspeitou a verdade a seu respeito. Foi ligeiramente rasgado e queimado por terceiros. Era sexta-feira da Paixão e eu me chamava Judas. No testamento, deixei a minha língua.

3 Comments:

At 4:49 PM, Anonymous Anônimo said...

sorte sua... não sei como vc consegue, eu vou na nave e acabo não conseguindo beijar ninguem.

 
At 5:21 AM, Blogger JotaPê said...

caro(a) anônimo(a),
as pessoas estão lá para ser beijadas, se você reparar bem, está todo mundo prestes a se beijar. praticamente é só se jogar e sorrir. mas creia-me: nem sempre é tão sorte assim....

 
At 5:32 AM, Blogger Hebert said...

...

Aiai.

 

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