domingo, fevereiro 10, 2008

Cremosinho, delicioso solvete de iógute

Já à venda nos coletivos da cidade.

Ontem à tarde passei no Centro para fazer o orçamento do meu novo braço esquerdo. A coisa já começa interessante, porque o estúdio do meu tatuador fica num prédio comercial repleto de lojas de aluguel de roupas, fantasias e de perucas (para alugar ou não). É tão cheio deste tipo de comércio, que parece ser especializado. E o tatuador ali, de intruso. Acho que sua loja fica ao lado de uma peluqueira.

Cheguei ao estúdio e ele estava tatuando, teria de esperar. Daí sentei, havia outros quatro caras na loja, um deles era o atendente. Eles estavam conversando animadamente sobre o carnaval. Na verdade, um cara contava suas maravilhosas aventuras sexuais como Filho de Gandhy. Supostamente ele falava baixo, mas falava para uma platéia de 4 pessoas (porque aí eu já tinha me incluído) num espacinho 3 x 4. Peguei alguns álbuns para folhear, mas fiquei de ouvido ligado.

O sujeito narrava a transa com uma mulher, digamos, avantajada. Catou a criatura em meio ao carnaval e a "trucidou", mas disse que jamais tinha pego uma daquelas, com um clitóris enorme. Assim mesmo: ele entrava em detalhes muito íntimos do sexo, o que ele fez, o que deixou ela fazer... Só uma palavra ou outra não dava para eu escutar, afinal, tinha que ficar ali com cara de paisagem. Foram uns 40 minutos ouvindo esta história e ele mostrar aos amigos uma lista com nomes e telefones de mulheres de outras cidades que ele tinha 'garrado' durante a folia. Explicou para os outros que o Tapete Branco da Paz é o canal, se você quer esquecer alguém, quer cair na bagaceira... Uma vez entre eles, dá pra pegar mulher pra caralho.

Tinha horas que eu fazia um esforço imenso para não rir ou esboçar qualquer outra reação que desse a entender que eu estava a prestar atenção no que eles falavam. Era ao mesmo tempo constrangedor e engraçado. Daí ele falou em toda a mística dos Filhos de Gandhy, da reação das crianças, com quem tirou fotos e tudo, do investimento em dezenas de colares, que ficaram todos distribuídos em troca de beijos e outros afagos na avenida.

E eu, como falsa baiana, jamais assumi o papel de Nora de Gandhy.

2 Comments:

At 6:56 PM, Anonymous Anônimo said...

Eu fico calado, mas ando acompanhando isso aqui há umas semanas. Foi ótima a tarde hoje e atualizar-me sobre suas historietas tão "cronicamente" engraçadas.

Beijo, minha puta!

 
At 4:31 PM, Anonymous Anônimo said...

gente, q post comedia, adorei.

 

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