sábado, fevereiro 02, 2008

Primeiro Dia - sexta

Já trabalhou no Carnaval de Salvador, nêga? Se pensou em "loucura", é esse o espírito mesmo. Haja pique, disposição, jogo de cintura, paciência e etc. Mas vamos lá. Este é meu primeiro ano trabalhando na cobertura de um camarote. Pense num lugar apinhado de celebridades e outras gentes importantes de fato. É como abrir a revista Caras e pular para dentro dela. Ao meu lado, trocentos jornalistas e fotógrafos de tudo que é veículo importante desse país. Ao contrário do que diz o estereótipo do baiano, aqui trabalha-se. E muito.

Lá dentro, obviamente tinha que rolar umas peripécias, como picar a cabeça na quina de um telão de plasma. Ou ficar cercando alguma possível celebridade para tentar ler seu nome na credencial. Ou ainda, deixar pingar shoyo com wasabi na ponta do nariz. Trash mesmo foi ter todo trabalho da noite deletado por algum filho da puta maldoso e então ter de sentar - 4h da manhã - para reescrever todo o texto.

Acho que quem bem definiu o que é o Expre$so_22-2 foi Márcio Meirelles, homem de teatro, hoje no papel de Secretário de Cultura da Bahia. Disse que é um fenômeno, um objeto de fascínio e desejo para muitas pessoas, pois muitos querem estar ali, onde se reúne uma elite intelectual, econômica e de um determinado padrão estético. É também um catalisador de realizações, pois coloca frente a frente artistas, produtores e possíveis patrocinadores de seus sonhos. Acho que é um bom resumo da ópera.

Uma vez lá dentro, você até se acostuma às caras famosas e gente belíssima. Pensei que ia perder a compostura diante de alguns rostos cobiçados, mas é tanta ânsia profissional, que a coisa se dilui. Juro e sem esnobação. Isso sem contar os poderosos e lindos quase anônimos, gente de quem você vê emanar o poder, mas cujo rosto é desconhecido. "Você é o famoso Quem?"

Agora, algumas palavras sobre os entrevistados da noite:

Regina Casé: Ao contrário do que dizem por aí, foi uma simpatia. Respondeu sorridente, falou sério e deu uma declaração interessante, sem perder o clima de Carnaval. Acho que ela vira bicho é quando o assédio não é de gente trabalhando.

Caetano Veloso: Ao contrário do que dizem por aí, não foi muito simpático. Acho que queria curtir a folia e tava meio de saco cheio de repórter. Apesar de ser prata da casa, é quem ele é e por isso andava pra lá e pra cá cercado da imprensa.

Cauã Reymond e Bruno Gagliasso: Com seus rostos impecáveis, foram super simpáticos e solícitos. Assediadíssimos por fotógrafos e repórteres, não sei como eles dão conta. Cauã parecia meio atordoado, enquanto Bruno preferiu lançar mão de um espírito mais malandro.

Marcelo Taz: Solícito e adorável, deu uma das declarações mais bonitas da noite.

Nizan Guanaes: Aula compacta de marketing.

Prta_G-il: A herdeira me surpreendeu com sua simpatia, articulação e pela bela e interessante trupe que a rodeava.

Marcelo Serrado: Esse gosta da folia. Taí um sujeito a quem os anos fizeram bem - tá bonitão.

1 Comments:

At 7:16 PM, Anonymous Anônimo said...

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