domingo, fevereiro 03, 2008

Dia dois

Estou aqui direto do terceiro dia, mas falando do anterior. Cansaço acumulado. É foda passar a noite rodando para baixo e para cima (literalmente, já que o camarote tem 3 andares, fora a sala de imprensa que é num sub-solinho) num calor da porra. Sorte que agora climatizaram os banheiros e dá um alívio quando é preciso aliviar a bexiga. Ontem encheu para caráleo, mas deu pouco vip. Parece que a festa de Iemanjá (2 de fevereiro), no Rio Vermelho, dividiu o público.

In fact, acho que nunca senti tanta falta do conhecimento enciclopédico da revista Caras, porque dava pra sacar que rolaram vários poderosos - empresários e societys -mas eu não sabia ao certo quem eram os caras. Se pintasse o Bruno Chateaubriand, por exemplo, eu saberia quem era. Por causa da Caras, não por nada relevante... Enfim, podemos dizer que neste sábado deu uma 'esfarofada'. Gianechinni e Cláudia "ex-Babado Novo" Leite provocaram tumulto na chegada. Jornalistas, fotógrafos e grande público se espremendo uns contra os outros e contra a muralha de seguranças de cada um deles. Jamais imaginei um dia me foder toda para arrancar um olhar de atenção e uma palavrinha da Claudinha. Foi então que caiu a ficha de que virei uma proletária. Para resguardar um pouco de meu orgulho, pelo menos foi missão cumprida. 100% profissa.

O grande acontecimento da noite, porém, foi trombar com o Malvino Salvador na fila do banheiro - abençoado seja o inventor do banheiro unissex! Sem bloquinho na mão, fiz a linha blasé e puxei conversa. Simpático e gostoso, ele deu trela e trocamos umas palavrinhas sobre o carnaval. Muito bonito, mas com um quê de gente de verdade - o Giane, por exemplo, parece protegido por uma aura meio alienígena e intocável, mesmo sendo um cara divertido, como dizem.

Que mais? Tivemos de esperar muito pelo carro do jornal, por isso deu para tomar umas doses e curtir um pouco a visão de cima da folia. Em menos de meia-hora de janela, assisti a muita pancadaria. Me senti mal e hipócrita do alto da minha torre de marfim. O mais irônico é que, enquanto o couro comia no asfalto, com atos de evidente covardia e barbaridade, o cantor do Psirico, de cima do trio, se dirigia a alguém no camarote ao lado dizendo "Olha só que carinho massa!"

Ai, se tu soubesses como sou tão carinhoso...

1 Comments:

At 11:29 PM, Anonymous Anônimo said...

gente, eu daria tudo p estar ai no carnaval!
(bem, so nao dei 700 euros numa passagem...)

 

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