sexta-feira, março 28, 2008

oh, children!

Tenho um coração vagabundo e olhos gulosos. Uma boca grande demais e emoções à flor da pele. Mãos ligeiras e uma vontade descarrilada. Volúvel, pontas dos dedos no meu braço ou um beijo na testa me derretem em horário comercial. Constelação de sons e imagens em alinhamentos pouco prováveis são ingredientes mágicos de uma sedução in(oc)consequente. Bom humor em devaneio, receita de pele boa por vários dias. Que será das coronárias?

Noite passada você (o outro) veio me dizer em sonho que me queria. Deitou ao meu lado e usou desse seu tom doce que eu imaginei ser verdade. É mentira, você sabe. Sim, seu sei, mas acreditar no sonho me libertou. Limpou minha mente que nem flanelinha na sinaleira. Só que não vou lhe dar nenhum tostão. Não tenho trocado. Troco você por outros quinhentos. Por futuras memórias. Envelopo a minha ilusão e retomo o ritmo de respirar que não dói nas costas.