sexta-feira, março 21, 2008

Holiday, celebration Come together in every nation

Não tenho nenhum medo de trabalho, mas realmente acredito que tudo precisa de limites. Estou puta por trabalhar hoje, Sexta-feira da Paixão. Nada de religiosidade, mas feriados são sagrados. Tá foda. A semana foi bem estranha - para não dizer assumidamente ruim. E agora mais esta. Passei dias esperando por um e-mail que jamais chegou, levei um fora tácito, trabalhei todos os outros dias até mais tarde para não precisar sacrificar o feriado e... Adiantou alguma coisa?

Por que é que um profissional em nosso país precisa viver assim, hein? Em outros lugares, gente que trabalha sem parar são os milionários viciados, insensíveis, quase sem vida pessoal. Eu não. (ainda) Acredito no ócio e na poesia. Acredito na importância de ir ter com os amigos e a família. De dormir sem hora para acordar, até o corpo sorrir satisfteito. Gosto de feriados e de falar coisas belas e banais, absolutamente sem compromisso de serem produtivas.

Parece que é para ter vergonha disso. É feio cultivar a liberdade de não fazer absolutamente nada por alguns instantes. Perde-se a moral quando não se tem o tempo completamente ocupado por afazeres e atividades. É errado pedir férias para viajar com os amigos ou dizer "não. não vou fazer isso porque hoje é meu dia de folga" ou "porque já passou do horário do expediente".

Tudo é urgente. Tudo é de última hora. Todas as coisas precisam e devem ser resolvidas imediatamente - por telefone, por e-mail, fax, celular, qualquer coisa que localize. A eficiência nos tranformou em escravos.

A urgência da contemporaneidade tornou a vida adiável.