quarta-feira, março 19, 2008

Camisetas e legendas de personalidade

Nesta semana fui a audiência contra uma companhia aérea. Me arrumando, estava preocupada em parecer sóbria. Vesti uma saia preta que ia à altura dos joelhos e comecei a escolher uma camiseta com o mínimo de personalidade possível. Uma blusa era muito transparente, a outra decotada. A verde com a inscrição "Cuidado com o cão" e um diabinho desenhado não servia. "Só o chocolate salva" também não me pareceu apropriado, apesar da cor clarinha e neutra. Acabei com uma vermelha, com o desenho de um disco de vinil no meio do peito, onde tem escrito bem pequeno, no que seria o rótulo "vinil is not dead". Achei que era razoável.

Final de tarde, na sala da audiência, corria à revelia. Papo descontraído entre advogados e eu no meio. Fiz alguns comentários que por um instante me fizeram o centro das atenções. Oh! Como é espirituosa a jornalista!

Daí a pouco, o advogado de outra causa - da Telemerda, por sinal - vira e fala: "É... O vinil não está morto". Olhei para mim mesma, enquanto se iniciava ao redor uma discussão sobre vinil, bolachas raras, a diferença de qualidade com relação ao cd, etc.

Não é que o tal advogado estava olhando pros meus peitos?