quinta-feira, maio 24, 2007

prometido regresso

E se lá fora, no universo que pensamos ser tão grande, houver seres (não deuses) de imensa sabedoria, uma inteligência tão avançada, que olham a nossa sociedade com os mesmos olhos com que observamos a vida dos cupins, espantados como criaturinhas tão miúdas e inferiores são capazes de fazer aquelas imensas – para suas proporções – construções de terra e galerias?

Parece absurdo, não é? Tão absurdo quanto imaginar que talvez as coisas mais importantes de nossas vidas, os grandes 'clicks', também tenham momentos precisos para acontecer. Como uma bomba relógio de mecanismos delicados.

Será mesmo tão absurdo dar ouvidos a cartas de tarot? Acho que as previsões só acontecem mesmo com quem acredita. Ou porque aí você força em adequar a leitura, ou porque fica atento à cadeia dos acontecimentos. Quem não acredita, não presta atenção em nada, nem naquilo que foi dito. Esquece e nem pode depois conferir se era verdade. Tudo na vida é uma questão de crença. Não exatamente de fé, que às vezes é completamente irracional, mas numa combinação coerente de mentalidade e atitude, que faz as coisas acontecerem.

Isso começou que era para ser um e-mail. Desvirtuou, perdeu um pouco da coragem, cresceu demais. Virou outras coisas. Uma reflexão muito mais ampla, diluindo os reais pensamentos que a motivaram. Uma máscara, dessas incolores para cílios, que um dia foram chamadas rímel. Você já reparou como a maioria das mulheres se maquiam para parecerem que não estão maquiadas, mas, de alguma maneira paradoxal, mais “vivas” ou “reais”? Só que em outra dimensão. Eu quase nunca uso maquiagem. E quando uso, ela fica evidente demais. Como nas crianças, tentando imitar os adultos. Ou nos palhaços.

Essas linhas, menos que metáforas, são divagações difusas. Como as letras dos ônibus que dançam e se trocam diante dos meus óculos arranhados e de grau há muito defasado. E daí se não é no mesmo estado, quando ambos fumamos cigarros aromáticos?

É isso. Uma taça de vinho no chão. Um post novo.